Navegar nos Sucessos ou Aprender com os Fracassos?

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Sempre ficamos muito receosos quando falamos e pensamos em fracassos e falhas, sejam nossos ou alheios. Ainda temos a mítica idéia de que devemos evitar fracassos e irmos em direção ao sucesso pleno. Mas a questão é quando estamos mais vulneráveis a aprender, nas vitórias ou nas derrotas?

A “vulnerabilidade” é capaz de nos tornar cada vez mais conhecedores dos nossos defeitos e derrotas. Assim conseguimos evoluir nossas habilidades e melhorar nosso negócio e a nós mesmos. Pensando nessa direção, constantemente devemos realizar a análise SWOT, sempre sendo sinceros e verdadeiros.

Ao se enxergar completamente cada individuo torna-se capaz de se relacionar melhor com as pessoas e ter mais empatia em seus ambientes.

Em um mundo cada vez mais “perfeccionista” e tão insuscetível a erros e sem tempo para retrabalhos e regressão, fica difícil imaginar profissionais tirando lições de erros e se reinventando. Pois é, essa é mais uma tendência que está cada vez mais presente nos negócios, se tornando até negócio. As chamadas “conferências do fracasso” estão cada vez mais evidentes e ganhando adeptos em todo mundo. A FuckupNights e FailCon já entenderam essa necessidade de mercado e estão explorando muito bem.

Julia Melo é representante do Fuck Up Nights, segundo ela “O fracasso é mais abundante que o sucesso em qualquer carreira, então como ver as coisas boas nessa palavra que ainda é tão pesada? Queremos desmistificar a ideia de que o fracasso é algo proibido e ver as virtudes dessa ferida”.

Flávio Steffens e Rafael Chanin da FailCon – Contam sobre as dificuldade em convencer os palestrantes no começo. “Era incrível como as pessoas tinham receio de falar sobre seus fracassos”, lembra Flávio. “Com o passar do tempo, o assunto foi se tornando menos tabu e passamos a ser contatados por pessoas dispostas a falar.”

Enfim, temos realmente dois caminhos a seguir, mas quem disse que deveríamos escolher apenas um? Desvios de rota, aprendizados com vitórias e principalmente com derrotas devem e estarão mais presentes na vida dos novos empreendedores, afinal “pela dor ou pelo amor” o que realmente importa é crescer e desenvolver seu negócio.